Viagem

Sentei-me no carro... meti o cinto e inspirei esse ar vermelho de sangue, quente e confortante... subi...virei... premi a embriagem da calma e mudei a mudança do espirito... voltei a inspirar... lembrei-me da alegria do calor do dia de verão já esquecido... devagar fui avançando no bocejo de preguiça e no esfregar os olhos, abri a janela e encontrei o saco de pão... quente tambem... o calor que eu adoro... acelerei numa velocidade agradavel pela estrada do pensamento e recordei a saudade que ainda a bocado esqueci... Que me faz falta... Mas que me magoa... Decidi levar os pensamentos comigo e olhei para uma arvore... Vi as folhas remexerem e agitarem... Acordei... reparei que me tinha esquecido das chaves e que já esta atrasado para o trabalho... O costume.

Olá!

Que é feito de ti? Tu que andavas sem abrigo emocional... Com instinto e pouco mais... Pedradas no rosto que te mostravam para essa fúria incontida desaparecer... Que desperdício de vento... esse que não te leva o sofrimento... que desperdício de fúria... essa que me faz pensar e lamentar a penúria... onde estas? por onde andas? Será que já te encontraste estranho? E sorriste ao encontrar o teu próprio corpo? Perdido na bruma do amor... No sitio onde não para a Dor... Sensações agradáveis encontras la... no paraíso do sonho, da realidade nefasta de não existir tal coisa.